Indice de Dengue cai pela segunda vez consecutiva em Caruaru

Trazendo boas notícias, o Departamento de Controle de Vetores e Vigilância Animal divulgou, nesta segunda-feira (13.09), o quinto Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LiraA), em 2010. De acordo com os dados, no período de seis meses, de março a agosto, a queda foi de 55,17% (5,8% ante 3,2%). A comparação de março, 5,8% com junho, 5,4%, já apontava uma redução de 16%. O índice de agosto é também o menor nível de infestação em 2010 que teve em janeiro 6,6%, em março 5,8%, em junho 5,4% . O LiraA é feito de dois em dois meses, em parceria dos estados e municípios com o Ministério da Saúde.

Este ano, de acordo com o último levantamento realizado em 08/09, foram 666 casos de dengue clássica, 11%, e descartados 898, 15%, num universo de 5957 notificações. Por outro lado, não foram confirmados casos da forma hemorrágica, a mais perigosa. Nem houve óbitos, como ocorreu em 2007, com sete falecimentos decorrentes da dengue hemorrágica. “A tendência é que sejam descartados mais casos, porque são situações em que as pessoas têm os sintomas parecidos com os da dengue, mas quando saem os resultados, foram outras viroses”, esclarece Gilberto Silva, Diretor do Departamento de Controle de Vetores e Vigilância Animal, da Secretaria Municipal de Saúde.

Para efeito de comparação, durante dez anos (2000 a 2010), o período que Caruaru sofreu o maior índice de incidência de dengue foi em 2007, quando foram confirmados 1967 casos da forma clássica e 38 da hemorrágica.

De acordo com Gilberto Silva, mesmo com os resultados positivos, Caruaru ainda está sob médio risco de epidemia. “ Temos que ficar vigilantes. As ações e o controle devem continuar sendo efetuados, sem descanso. A população também contribuiu com esse resultado positivo. Ela está atendendo os apelos do governo municipal no combate ao mosquito transmissor da dengue”.

LEVANTAMENTO – O Lira é realizado pelos municípios de todo o país, e serve para dar informações entomológicas detalhadas, apontando áreas críticas de infestação do mosquito transmissor e os tipos de depósitos receptores predominantes em cada local. A obtenção dos dados do LiraA propicia aos ges tores uma informação antecipada da situação de risco, servindo de ferramenta para a mobilização da sociedade e de setores governamentais como os de limpeza urbana e de saneamento. Os dados registrados, mostram que o trabalho de combate ao aedes aegypti realizado em Caruaru está surtindo efeito mais positivo do que o observado em Pernambuco como um todo e na região metropolitana em particular.